Nos dias 24, 25 e 26 de maio, os Jardins de Serralves acolheram o tão aguardado primeiro festival de verão de 2024, marcando uma mudança significativa de cenário em relação ao parque de estacionamento da alfândega. O novo espaço, repleto de natureza, excelentes acessos e um ambiente vibrante, provou ser uma escolha acertada, elevando a experiência festivaleira a um novo patamar.
O Arranque com Talento Português
O festival abriu com a energia contagiante de Nininho Vaz Maia, que subiu ao palco ainda sob a luz do sol. A atuação do artista português foi um dos pontos altos do primeiro dia, recebendo elogios unânimes do público presente. Com uma presença de palco cativante e uma voz poderosa, Nininho conseguiu conquistar os corações dos festivaleiros, estabelecendo um padrão elevado para os artistas que se seguiriam.
Iñigo Quintero: Uma Performance Tímida
Da vizinha Espanha, Iñigo Quintero trouxe uma atuação que, infelizmente, não correspondeu às expectativas. Conhecido tanto por sua música quanto pelo seu trabalho como jornalista, Quintero enfrentou dificuldades com a exigente plateia do Norte. A performance foi marcada por momentos de desafinação, e apesar da originalidade dos temas, faltou a energia necessária para envolver totalmente o público. Para um festival conhecido pela sua capacidade de testar e elevar artistas, esta foi uma prova de fogo que o jovem espanhol não conseguiu superar completamente.
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Myke Towers: Ritmo e Pirotecnia
De Porto Rico, Myke Towers assumiu o palco com a confiança de um veterano. Embora estivesse sozinho no vasto palco, a sua experiência brilhou através de uma performance eletrizante e bem estruturada. Utilizando pirotecnia para manter a atenção do público, Mike Towers ofereceu pouco mais de uma hora de um bom espetáculo. No entanto, havia uma expectativa crescente entre os presentes para chegada de Maria Becerra, que adicionou uma pressão extra ao seu desempenho.
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Maria Becerra: A Bomba Latina
Finalmente, a tão esperada Maria Becerra incendiou o palco com seu reggaeton vibrante e coreografias cativantes. Embora a atuação tenha sido visualmente impressionante e repleta de energia, faltou um pouco do entusiasmo que muitos esperavam. Ainda assim, Mari conseguiu manter a noite quente e animada, preparando o terreno para o ato final.
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Alejandro Sanz: Emocionante, Mas Incompleto
O encerramento da noite ficou a cargo de Alejandro Sanz, cuja combinação de rock e flamengo elevou as emoções ao máximo. A setlist cuidadosamente escolhida culminou com o icónico “Corazón Partío”, um momento que muitos aguardavam com ansiedade. No entanto, apesar da performance emocionante, Alejandro Sanz não conseguiu manter todos os festivaleiros até o final. À medida que se ouviam os últimos acordes de “Corazón Partío” começaram a surgir clareiras na multidão, indicando que o entusiasmo não era suficiente para prender todos ao local até o último tema do encore. A decisão de não permitir fotógrafos no fosso também deixou uma nota agridoce, limitando o registo visual de um espetáculo que merecia ser eternizado em imagens de alta qualidade.
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O Segundo Dia: Música e Emoção Sob a Chuva
Plaza: Celebrando 20 Anos de “Meeting Point”
O segundo dia do festival começou sob a ameaça de chuva, mas isso não impediu os Plaza de celebrar com entusiasmo os 20 anos do álbum “Meeting Point”. A performance nostálgica cativou o público, marcando um início promissor para o dia.
The Reytons: Energia Britânica em Palco
Em seguida, os britânicos The Reytons subiram ao palco com uma postura agressiva, conquistando o público português com a força de seu rock. A energia contagiante da banda fez esquecer as previsões meteorológicas, garantindo uma apresentação memorável e a certeza que Portugal passa a ser um mercado para o qual terão de olhar como (muito) promissor.
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Birdy: Tranquilidade e Qualidade
Birdy trouxe uma atuação serena e de alta qualidade, ganhando novos fãs com sua sonoridade sublime. Apesar da chuva começar a cair, a artista manteve a plateia encantada com sua música suave e envolvente.
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Tom Odell: A superação metereológica
Tom Odell entrou em cena preparado para aquecer o público para os aguardados Keane. Inicialmente, o espetáculo refletia o clima chuvoso, mas rapidamente ajustou a postura, oferecendo uma performance animada que cativou os presentes. Num momento de puro êxtase, Tom Odell desceu até à multidão, para cantar duas músicas ao lado dos fãs, numa conexão única e memorável. Acto de registo, por ter sido o único artista a fazê-lo… O concerto termina com o músico a saltar em cima do piano de cauda, grato pela plateia que o agraciou.
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Keane: Celebrando 20 Anos de “Hopes and Fears”
Os Keane, comemorando os 20 anos de “Hopes and Fears”, encerraram a noite de forma magistral. Com um repertório amplamente conhecido, a banda fez com que cada minuto valesse a pena, transformando a chuva numa bênção que coroou uma noite inesquecível. A combinação da nostalgia com a energia atual da banda garantiu que a multidão saísse dos Jardins de Serralves com memórias para a vida.
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